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sábado, 21 de dezembro de 2013

Por que tudo acaba em Pop?

Thirteen Interesting Statistics About the Music Industry
Imagem retirada do Pinterest

Hoje mais cedo eu estava assistindo a clipes musicais na TV. Minha mãe não tem muita paciência e sempre pede pra eu mudar de canal, mas eu adoro passar meu tempo assistindo esse tipo de vídeo e observar como eles são produzidos, a história, os cenários, figurinos, etc. (Ah, também gosto quando o clipe, em vez de ser uma história fictícia, se passa no próprio show do artista ou banda. Principalmente se rola uma coisa mais descontraída e o artista conversa com o público, acho muito legal!) 

Mas enfim, começou a passar um clipe do John Legend e eu percebi que ele estava cantando uma música muito diferente do tipo que eu já tinha ouvido ele cantar. E percebi que ele é mais um cantor que “popzou” (termo que acabei de inventar) sua música. E foram passando vários outros músicos e músicas pela minha cabeça que fizeram isso. Katy Perry não chegava a cantar rock, mas tinha uma pegada mais pra esse lado em seu primeiro CD. Demi Lovato também. Taylor Swift era country, e agora é pop. Um exemplo nacional? Titãs. Rock pesado nos anos 80. Mas agora também é pop, romântico. E por que tudo isso muda tão drasticamente? Pra vender, é, eu sei. Mas por que os artistas deixam sua essência se perder deste jeito? 

Não me levem a mal, eu adoro pop, é um dos meus gêneros musicais preferidos. E também não tenho nada contra uma pessoa fazer um tipo de som e depois mudar de ideia ou de gosto, afinal, a gente cresce, muda, amadurece, “desamadurece”(pois é, acontece)... é normal! Porém eu sinto muitas vezes essa deficiência na indústria musical, esse negócio de querer sempre vender as mesmas batidas, o mesmo ritmo, a mesma melodia, ao invés de explorar a diversidade e pluralidade musical tão grande que existe por aí. 

Aliás, é por isso que eu gosto tanto de bandas mais desconhecidas, porque elas não perderam sua identidade. Não deixaram ninguém impor a elas o que devem cantar. E admiro também os grandes e conhecidos artistas que não se deixaram levar. Gente, quem é que ouve só um tipo de música a vida inteira? Só alguém muito bitolado, que não sabe experimentar outros gostos e ideias. 

Por isso eu acho que a indústria musical deveria investir mais nos talentos escondidos por aí, e deixar que eles se expressem do jeito que quiserem, com as letras que quiserem, com a melodia que quiserem, com o ritmo que quiserem. Afinal, é isso que faz um artista ser um artista: expressar seus sentimentos e pensamentos através da arte. De que adianta vender se você não tem nada a dizer? Ou se o que realmente pensa e sente está escondido atrás do que os outros querem que você transmita para o público? 

Sei que isso não vai parar de acontecer. Que a indústria de massa não vai parar de produzir robôs para atrair as pessoas. Não vai parar de mudar a essência de alguns cantores e bandas pra tentar vender mais. Mas que eu gostaria muito que deixassem cada um fazer sua música do jeito que quer, isso eu gostaria. Afinal, eu gosto é de ver Rock, Reggae, Jazz, Samba, Rap, Country, Pop, Indie e outros estilos musicais fazendo sucesso por aí. Todos devidamente valorizados. É assim que deve ser!