O tema do
post de hoje é viagem, oba! Vou confessar a vocês que tentei escrever um post
todo sério, digno de matéria de revista, mas não deu certo. Eu simplesmente
travei e não conseguia sair do primeiro parágrafo. Então, vou escrever do meu
jeito informal mesmo, que eu acho que é até mais legal de ler, né?
Hoje vou
contar pra vocês sobre uma viagem que fiz ano passado durante um fim de semana.
Foram só dois dias, mas foi uma experiência incrível!
Meus pais têm uma escola de water sports (a Centro de Terapia em Surf) e todo ano, promovem viagens muito legais pra galera praticante do Surf e do SUP (Stand Up Paddle). Em maio do ano passado, fomos remar pelo rio Paraguaçu, que nasce lá na Chapada Diamantina e deságua na Baía de Todos os Santos! Passamos uma noite em São Felix, cidadezinha que fica em frente a Cachoeira (vocês devem conhecer, né? Hoje em dia, a cidade de Cachoeira é muito conhecida como importante pólo cinematográfico da Bahia) e no dia seguinte voltamos para Salvador. Vamos conferir como foi essa SUP Trip MARA?
(Foto: Alexandre Dorea) |
Bom, no primeiro dia, saímos daqui de escuna e fomos até a barra do Paraguaçu, ali onde fica a vilazinha praiana Salinas da Margarida. Só nesse trecho que percorremos de barco, já deu pra começar a sentir o encantamento pelas paisagens: cada lugar mais lindo que o outro! Tinha várias prainhas desertas, montanhas, coqueiros e muito, muito verde! Eu me senti viajando na história, como se eu estivesse nos tempos pré-coloniais do Brasil! Me deu uma vontade louca de ser índia kkkk! Chegamos até a ver golfinhos (ou botos?) na saída do rio! Ou seja, deu pra perceber que a viagem já começou com a vibe certa, né?
(Foto: Alexandre Dorea) |
Bom, quando
chegamos a certo ponto, começamos a descer as pranchas do barco e subir nelas.
Daí, remamos 12,5 km (pois é!) que nem sentimos muito, porque o vento estava a
favor. Foi muito legal e acho que todo mundo ficou encantado pela paisagem! Eu
pelo menos ia remando “a passo” de tartaruga, só contemplando as várias
montanhas beeem mais altas que eu... me senti uma formiguinha. Gente, foi uma
paz inexplicável, principalmente porque eu ficava mais afastada do grupo...
então eu ficava mais sozinha, no silêncio, só ouvindo os pássaros e observando
tudo... é uma delícia de passeio!
(Foto: Alexandre Dorea) |
Olha o tamanhico da gente em relação às montanhas! (Foto: Alexandre Dorea) |
Uma das
coisas mais legais que eu achei também foram as ruínas e lugares abandonados. Fiquei imaginando várias coisas, pensando na história daqueles
lugares, como era antigamente, etc.
Bom, paramos
no Convento São Francisco do Paraguaçu pra tirar fotos e descansar. Queríamos
entrar no convento mas estava fechado, infelizmente. Depois voltamos para o
barco e seguimos em direção a São Felix, e eu fiquei só tirando fotos e
curtindo um pôr do sol imperdível! Ainda teve gente que no fim da tarde, quase chegando
na cidadezinha, resolveu remar mais um trechinho do rio, mas eu não ia remar no
escuro não kkkkk fiquei no barco mesmo, só tirando fotos.
O convento |
A galera remando no fim da tarde |
Essa foi uma das fotos mais lindas que eu já fiz. Fiquei pasma quando percebi que a câmera conseguiu capturar todas as cores do céu naquele momento, e com a lua pra deixar tudo ainda mais lindo! |
Na pousada, não
fizemos muita coisa: jantamos (e eu, meus pais e minha vó, que encontrou com a
gente lá, comemos maniçoba – amooooo) e depois fomos dormir pra repor as
energias.
No dia
seguinte, mais aventuras: acordamos de manhã cedo e saímos remando. Pegamos uma
chuvinha e achei até que o dia ia ser nublado, mas logo o sol abriu (escaldante,
por sinal) e tudo ficou lindo de novo! A parte mais engraçada foi quando
passamos por uma cidadezinha de ribeirinhos e eles ficaram gritando torcendo
pela gente, achando que a gente tava competindo kkkkkkkk todo mundo entrou na
brincadeira e foi muito divertido!
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Eu e mamis em São Félix. A cidade lá atrás é Cachoeira! |
(Foto: Alexandre Dorea) |
No
meio do caminho de volta, paramos em um lugar mágico, tipo uma pequena ilha,
onde só morava uma família numa casinha na beira do rio, e o resto da “ilha”
(não sei se era ilha mesmo) era floresta. As crianças nos mostraram o caminho
pra uma cachoeira muito linda e deliciosa! Foi o suficiente pra revigorar as
energias e seguir a viagem!
Delíciaaaaaa! (Foto: Alexandre Dorea) |
E aí? Digam se não é mágico? |
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E essa foto que eu tirei de meus pais, gente? A água fez um efeito que ficou parecendo uma aura brilhante em volta deles! Coisa mais linda! |
O resto do
caminho ninguém mais aguentava remar né (no total foram 27km!), então fomos
todos pro barco e eu peguei no sono, até chegarmos em Itaparica, nossa próxima
parada.
Chegamos na
praia de Itaparica, um lugar lindo da ilha de mesmo nome, deserto, com as águas
calmas e quentinhas que me deu uma vontade enorme de acampar ali na praia
mesmo! Fomos recebidos por um buffet delicioso de comida baiana no restaurante
Enseada do Manguezal. Todo mundo se acabou na feijoada e na moqueca, pra repor
as energias depois de tanta remada!
Ainda
tivemos a oportunidade de assistir a um pôr do sol lindo da ilha e pegar o finzinho dele já no mar, voltando pra casa! Mais perfeito impossível!
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Para chegar em Itaparica, descemos da escuna e fomos de barquinho. |
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Ohana s2 (Não lembro quem tirou a foto) |
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Ai, esse mar... deu vontade de dormir boiando... kkkk |
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Foto: Mamis |
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Não tem jeito: o pôr do sol na Baía de Todos os Santos é incomparável! |
E assim se
encerrou nossa viagem. Foi um fim de semana muito especial e revigorante!
Tivemos a oportunidade de apreciar paisagens maravilhosas, de ter um contato
forte com a natureza e nos divertimos muito!
Recomendo
muito que vocês façam pelo menos um passeio de escuna pelo trajeto gente,
porque vale MUITO a pena! Mas se vocês têm SUP, recomendo mais ainda que vão
remando (com segurança, é claro), porque é uma experiência imperdível!
Espero que
vocês tenham gostado!!!
Beijocas da Yaroca!
OBS.: Todas as fotos foram tiradas por mim, exceto as sinalizadas, que foram feitas por nosso amigo e fotógrafo Alexandre Dórea (cliquem aqui pra ver o trabalho dele no Instagram). (E claro, a foto que mamis tirou e a foto que alguém tirou de mim com mamis e papis!)